Inflação pesa mais para idosos do que para o resto da população
Inflação geral nos últimos 12 meses para os idosos soma 10,21%. Índice é puxado por itens como energia, medicamentos e serviços médicos.
Na quarta-feira (14), o Jornal Nacional mostrou como a inflação tem doído mais no bolso dos brasileiros que fazem refeições fora de casa, mas não são só eles os mais prejudicados pela subida acelerada de preços.
A Fundação Getúlio Vargas mede o impacto da inflação no orçamento dos idosos. E olha os números do último ano. Em primeiro lugar, a conta de luz aumentou 53%. A conta de água aumentou 14%. O serviço de diarista subiu 11%.
Esses aumentos são iguais para todo mundo, só que eles ganham um peso diferente no orçamento dos idosos. “Atualmente, despesas importantes para o idoso, como energia, ou mesmo medicamento, serviços médicos, avançaram, em média, mais do que a inflação. Então ele acaba tendo a sensação, e isso é comprovado pelo índice, que ele está vivendo um processo inflacionário mais intenso”, explica o economista da FGV André Braz.
Remédios, por exemplo, aumentaram 7%. E os remédios pra osteoporose, especificamente, aumentaram 11%. O resultado: a inflação geral nos últimos 12 meses foi de 9,65%. Para os idosos, está na casa dos dois dígitos: 10,21%.
Fonte: Globo, com adaptações